Aprendendo mais do que ensinando!


Estou ministrando aulas de informática básica no Centro de Inclusão Digital Eurípedes Barsanulfo, na Casa da Fraternidade, para jovens de 13 a 16 anos. Já falei sobre o Centro de Inclusão aqui, também no twitter e facebook. Principalmente quando lembro aos amigos que precisamos de computadores.

O exercício de ensinar tem me trazido grande aprendizado. Entender cada estudante e buscar a melhor forma de passar o conteúdo para cada um deles e para o grupo em seu todo é desafio diário. E olhe que é uma turma de seis pessoas. Fiquei imaginando o quanto os professores do ensino formal precisam se desdobrar para realizar uma aula com digna qualidade.

Hoje na aula sobre o BrOffice Writer, programa livre de edição de texto, ficou claro a variação do grau de absorção do conteúdo e realização dos exercícios em cada um. Uns com grande facilidade em realizar as tarefas, e outros com dificuldade de encontrar as letras no teclado. Esses últimos demandaram mais atenção, mas todos realizaram a atividade.

Parece lógico, mas é interessante observar na prática que o grau de aproximação com o computador contribui para a velocidade no aprendizado. Todos da turma já tinha ido à lan houses, e dois irmãos tem um computador em casa. Os últimos são os mais rápidos, já trazem o conhecimento da prática em seus lares, mesmo que seja essencialmente em jogos eletrônicos. Os que freqüentam a lan house, uma vez ou outra, têm menor habilidade nesse começo. Precisam ainda aprender a dominar o mouse, o teclado, a nova forma de escrita.

Me chamou a atenção que para programas de desenho, ou até jogando os joguinhos padrões do computador, todos mostraram uma desenvoltura muito boa. Já no programa de edição de texto foi diferente. Ficou claro mais um desafio a ser superado, o estímulo à prática da leitura em todos.

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A campanha continua, quem tiver um PC em casa, funcionando, e quer dar um destino bacana para ele fala comigo que do um jeito de buscar! Muita paz!

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